EMOCIONAL ETÍLICO

Noite de sábado, tudo parecia contribuir para que a paz e a tranqüilidade reinassem soberanas.
Contrariando a perspectiva inicial, surge um jovem que abusara da bebida alcoólica no interior de uma padaria. Já não bastasse ter bebido a tarde toda em sua casa, desloca-se ate a padaria do bairro, um local público, para encerrar a noite com mais uns goles e um tira-gosto que realmente foi para gerar desgosto.
Sentindo-se sozinho ao comer e beber, resolve compartilhar seu tira-gosto com um cachorrinho, que se apresentou despretensioso, amável, feliz, amigo, enfim, uma companhia que em hipótese alguma apresentaria juízo reprobatório para seu estado já alterado pela concentração alcoólica no sangue.
A atitude compartilhadora não da bebida e sim da comida, gerou reprovação e repreensão por parte do responsável pelo estabelecimento, pois não era permitido o relacionamento humano/canino naquele local. Diante disso, despertou-se o homem agressivo que estava adormecido e que o álcool se responsabilizou em potencializar, fazendo-se necessária a presença da força policial para contê-lo, já que álcool e bom censo nunca andam juntos.
A irritabilidade aguçada pelo teor alcoólico gerou a sensação de perseguição e falta de compreensão. Sentia-se vítima da situação, uma vez que não havia feito mal a ninguém, apenas se rebelado por uma reprovação que acreditava descabida. 
Extravasou! Quebrou a garrafa de cerveja que o acompanhava, bem como seu copo até então amigo. Acreditava que gratuitamente estava sendo hostilizado, no entanto, não era a primeira vez, pois em outras oportunidades também não havia sido compreendido ao ingerir bebida alcoólica.
Em pleno século XXI, o alcoolismo continua sendo um sério problema para sociedade. Familiares se decepcionam com o estado agressivo e as palavras indecorosas proferidas por seu ente querido, quando irreconhecível pelo estado etílico.
O abuso no consumo da bebida alcoólica subjuga o ser humano e o coloca em situação vexatória e humilhante, quando não em perigo.  O álcool é responsável por uma série de malefícios à saúde coletiva e social, e seu consumo exagerado é de alto risco para desdobramentos em violência, acidentes,  abuso e dependência de outras drogas.

QUAIS SÃO OS SEUS VALORES?

Nessas primeiras linhas, gostaria de falar um pouco sobre a importância dos valores familiares para vida do homem, compartilhando algumas experiências adquiridas em minha infância e juventude No período de minha infância tive o primeiro contato com o trabalho e as responsabilidades. Desde cedo, fui um colaborador em minha família, juntamente com meus irmãos, e aprendi desde os primeiros anos valores como honestidade, responsabilidade, e que o trabalho deve sempre ser algo saudável e prazeroso, e não um peso obrigacional.
Recordo-me de quando no inicio da adolescência me engajei no trabalho secular, em contrato empregatício verbal.. Nesse contato, como as raízes estavam solidificadas na responsabilidade e honestidade, princípios herdados de meus pais, entendia que era meu dever cumprir com as obrigações advindas da relação contratual, muito embora fosse apenas verbal, oferecendo meu melhor, mesmo que não estivesse debaixo de vigilância de meu empregador (patrão),chefe imediato ou qualquer outro funcionário, encontrando tempo, inclusive, para ajudar colegas e aprender tarefas que achava mais agradável de se realizar
Desta forma, estava em constante processo de aprendizagem e, apesar de não buscar alcançar qualquer vantagem ou premio, obtinha sempre o reconhecimento pelo “algo mais” que realizava, vezes em forma financeira pelas mãos do empregador, ou por meio de elogios de colegas de trabalho, que me retribuíam em determinados momentos com novas oportunidades.
Lembro-me de algumas expressões familiares que ficaram impressas em minha mente, que são nada mais do que valiosos princípios adquiridos durante a fase de crescimento e formação, e que foram essenciais para mim enquanto funcionário, em meu primeiro contato com o mercado de trabalho, tais como:. “Diga-me com quem tu andas e eu direi quem tu és”
  • “O homem justo nunca mendigara o pão”
  • “Faça para o seu próximo, aquilo que você gostaria de receber”
  • “Nunca use uma balança enganosa”
  • “Mais vale um bom nome na praça do que muito dinheiro no bolso”
Olhando hoje o mundo em que vivemos, tenho a impressão de que as relações interpessoais são movidas por interesse, muitas vezes egoístas e imorais, onde os velhos valores éticos e morais, adquiridos na família, são esquecidos e rejeitados como um objeto sem uso. Vejo pessoas agindo de modo a obter vantagem em tudo (famosa lei de Gerson), ignorando as consequências e perigos inerentes a essas ações. Porém, não podemos nos esquecer que toda ação tem sua reação, que toda semente lançada, germina e cresce, de acordo com a qualidade da mesma. Assim, se focarmos sempre em fazer o bem, o fruto sempre será bom, se agirmos sempre com amor com nosso próximo, independente da situação na qual estamos envolvidos, a recompensa nem sempre será financeira, mas certamente será positiva e agradável, afinal, como diria Patch Adams, “O AMOR É CONTAGIOSO”. Podemos mudar o mundo que nos cerca, contagiar as pessoas com quem nos relacionamos, contribuindo para uma sociedade melhor! Tenho a convicção de que isso é possível, e o mundo precisa disso, porém, para isso é necessário dar um primeiro passo nessa direção. Você aceita esse desafio?
Pense nisso!